Simpósio Internacional de Contadores de Histórias


Aconteceu nos dias 23, 24, 25 e 26 de agosto no Rio de Janeiro o VII Simpósio Internacional de Contadores de histórias, fruto de uma parceria da Prieto Produções e o Sesc Rio de Janeiro. O evento contou com participações de contadores do Brasil, AméricaLatina e Europa. Uma programação recheada de contação de histórias, debates, lançamentos de livros e discos, apresentações artísticas, oficinas e mercado da palavra (feira) Recebi o convite da organização do evento para participar como oficineiro e lá estive realizando duas oficinas curtas de três horas de duração cada, nos dias 23 e 25. Se inscreveram para a oficina um publico formado por contadores, músicos, atores, professores ...



O quorum oficial para cada turma era de 30 alunos, porém sempre apareciam alguns ouvintes interessados. Inserido e alinhado ao simpósio, trabalhei o tema: Sons que contam histórias, e procurei explorar um aspecto que já venho desenvolvendo há alguns anos, que é o da desconstrução de alguns preconceitos com o tocar, o fazer musical...
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A proposta foi a de resignificar o pensamento errôneo de que existe a necessidade de ser músico para fazer musica, de quebrar mitos que rodeiam alguns instrumentos musicais (tocar, segurar, tirar som) e de sensibilizar para uma nova forma de investigar, pesquisar e tocar os instrumentos. Foi proposto logo de início, que se construísse um outro olhar a respeito de ritmo, lateralidade, velocidade, intensidade, criação, dinâmica, práticas sonoplásticas, e mais tantas outras fórmulas pré-estabelecidas que por questões, muitas vezes de desinformação criam resistências e medos desnecessários ligados ao fazer musical. Muitas vezes, o que chamamos de incapacidade e " falta de ritmo" estão ligadas a antigas barreiras negativas forjadas em nossos processos educativos e sociais. Um simples fato corriqueiro em nossa infância, como batucar com a colher de sopinha na mesa e sermos repreendidos por pessoas próximas, vão se acumulando e gerando um verdadeiro bloqueio musical. Os mitos de que o percussionista é um ser escolhido, que samba e coisa de "negão", que as mulheres não podem tocar tambor, que algumas pessoas não teriam ritmo foram debatidos e trabalhados.



Chegou-se a um consenso de que na realidade é preciso pensar uma nova forma de educar sem que se crie tabus, preconceitos musicais, afirmando-se que música é pra todos. Independente de sexo, raça ou credo, todos nós somos dotados de talentos musicais e temos plena capacidade de desenvolver esse fazer no nosso dia-a-dia. Educação musical é necessária para que nos transformemos em seres melhores, mas exige-se uma nova forma de educar. Este é meu intuito, educar através de um caminho que passe pelo prazer, pela liberdade, que seja construído sem que se limite ou crie prisões e amarras. Temos um universo cheio de sons esperando para serem trabalhados e organizados, transformando-os de ruídos em música: - então mãos a obra! desconstrua a fala que diz existirem sons feios, desafinados ou sujos e transforme-os!

Comentários dos alunos
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Fala Carlinhos!
Querido mestre da percussão!
Foi um prazer te conhecer,
mais uma vez te agradeço pelo conhecimento e
vivência maravilhosos que nos transmitiu com muita didática e sabedoria no Simpósio!
Seu CD tanto quanto seu trabalho é maravilhoso,Parabéns de coração meu véio!
Tô enviando logo esse e-mail pra manter o contato...
Valeu demais!

Um abração!
Paulinho


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Quero agradecer pelos momentos maravilhosos em sua oficina.
Parabéns pelo profissional que você é.
Muito sucesso!

Zezé Ramalho a ex sem rítmo!

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Amei a sua oficina. Realmente mexeu comigo. Comecei a semana seguinte
pedindo um padeiro emprestado, tirando a poeira do violão q o meu pai deixou
pra mim. E essa semana fui no Musical carioca e comprei um pandeiro. Todo
dia toco um pouco e ainda estou levando para as minhas oficinas onde sou
professora de interpretação.

Ana Cristina

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Oi Carlinhos!

eu sou a moça que contou a Lenda do Guaraná na oficina, lembra?

...foi forte o contato contigo...

beijo grande e obrigada

Ana Luiza

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